Rua do Carmo, s/N.º - Centro, Sabará - MG

A construção do templo se deve à Ordem Terceira do Carmo. A pedra fundamental foi lançada em 16 de junho de 1763. Entre 1771 e 1774, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, junto a outros, executou trabalhos de escultura na edificação.
Construída entre 1763 e 1778, a igreja guarda trabalhos de talha, escultura e pintura atribuídas aos melhores artistas da época: Francisco Vieira Servas, José Fernandes Lobo, Joaquim Gonçalves Rocha, Tiago Moreira e Antônio Francisco Lisboa. Este último, o Aleijadinho, executou o Frontão, o Frontispício e a portada com o medalhão da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, dando leveza e elegância ao templo. Ele também executou os púlpitos, o coro com os Atlantes, um dos altares laterais e as imagens de São João da Cruz e São Simão Stock. Supõe-se ter Aleijadinho executado pessoalmente a portada, cabendo-lhe apenas a autoria do risco nos demais elementos ornamentais. Internamente, tanto a nave como a capela-mor apresentam piso em campas e forros curvos, de tabuado liso, com pintura decorativa. Estas são separadas por grades de madeira torneada, de desenho modulado, que se repetem na balaustrada do coro, de autoria de Aleijadinho, em concepção arrojada, cujas linhas moduladas acentuam o efeito de profundidade e monumentalidade. É guarnecido por bela balaustrada em madeira torneada, com colunas e ornatos dos suportes de gosto rococó. Destacam-se, lateralmente, duas expressivas esculturas de atlantes. Também de autoria do Aleijadinho, os púlpitos possuem enquadramento das portas e suportes em pedra trabalhada e tambores em madeira com superfícies onduladas, com esculturas em baixo-relevo reproduzindo cenas do Novo Testamento nas faces centrais. Dos três altares existentes, os dois do arco-cruzeiro caracterizam-se pela boa qualidade da talha e decoração de gosto rococó. As pinturas principais são de autoria de Joaquim Gonçalves da Rocha, existindo, porém, indícios de acréscimos e repinturas.