27/05 (sábado)
18:30
LARGO SÃO FRANCISCO
Largo São Francisco, s/nº - Centro - Sabará

18:30 - Procissão da Bandeira, com início na rua São Francisco, 420 (casa do Mordomo) até a igreja de São Francisco.
19:30 - Missa Solene na Igreja de São Francisco (Centro), seguida de procissão até a igreja de Nossa Senhora da Conceição, quando haverá levantamento da Bandeira do Divino Espírito Santo.

Em Sabará, esta secular celebração é protegida e possui alguns elementos inventariados, como o cetro, a coroa e o resplendor.
A Sociedade do Divino Espírito Santo é Patrimônio Cultural Imaterial de Sabará.

Um dos principais núcleos urbanos da Minas Gerais colonial, a Vila Real de Sabará reunia, até o fim do século XVIII, pelo menos nove irmandades diferentes, entre elas uma ordem terceira – a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, criada no ano de 1761 – e uma arquiconfraria – a Arquiconfraria do Cordão de São Francisco de Assis, também do ano de 1761. Tendo em vista a iconografia que se reconhece nos oratórios, altares e capelas legados por essas associações, é bem
provável que várias delas – sobretudo, a dos franciscanos –, já praticavam, de alguma forma, o culto ao Divino Espírito do Santo. Considerando isto, supomos que tenha sido no esteio de sua atuação que, no dia 30 de junho de 1771, criou-se oficialmente uma irmandade devotada à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
Não foram identificadas transformações significativas nos principais elementos da celebração desde que esta vem sendo documentada mais efetivamente – isto é, desde o início do século XX. Cabe observar que a descrição de Zoroastro Viana Passos sobre a Festa do Divino Espírito Santo na década de 1930 não se distingue consideravelmente da forma como esta ocorre hoje.
O festejo da Bandeira do Divino, por exemplo, mantém a Procissão da Bandeira – acompanhada por uma banda de música (sempre a Sociedade Musical Santa Cecília), pelo estouro de bombas e bombões, e pelas luzes dos busca-pés –,o levantamento do mastro, a partilha de quitutes e bebidas, o espetáculo pirotécnico e a queima da fogueira. Os únicos elementos descritos pelo autor e não identificados hoje são as “argolinhas”, as “cavalhadas” e as “pilhérias”.
O Domingo de Pentecostes, por sua vez, continua sendo festejado por meio de uma missa festiva, da Procissão da Coroa e do sorteio dos festeiros, cuja ritualística mantém os emblemas do triângulo de varas de prata, da Salva, Cetro e Coroa, e do Resplendor do Divino, bem como a prática da distribuição de pãezinhos, medalhas e laços. Os únicos elementos descritos pelo autor e não identificados hoje são a distribuição de carne de vaca, os pombos com fitas aos pés e as esmolas.