A turma 611 da Escola Municipal Adão de Fátima Pereira, acompanhada pela professora Rosiane Maria Coelho, ficou responsável pela pesquisa sobre o Festival da Jabuticaba de Sabará, que passou a ser considerado Patrimônio Cultural do Município, tamanha sua importância local e até internacionalmente. Ele começou em 1987 e é hoje o maior evento sabarense, tendo a fruta como protagonista de produtos e receitas deliciosas.
O festival é realizado pela prefeitura da cidade com a participação de empresas locais, moradores e a Associação Asprodejas. Ele conta com apresentações de dança, música, teatro e poesia, e é possível experimentar de várias formas a jabuticaba, também conhecida como “a pretinha de Sabará” ou “ouro negro”. Os alunos fizeram uma lista: doces, sorvetes, picolés, licores, compotas, geleias, pastéis e aguardente. Essa frutinha é tão especial que quem cultiva uma jabuticabeira no quintal de casa recebe descontos em impostos.
A turma 611 fez muitos versos sobre o Festival da Jabuticaba. Vejam só alguns deles:
Sabará é conhecida
Como a “terra da jabuticaba”
Essa fruta tão querida
Tem sabor que não se acaba
Há mais de três décadas foi criado
Esse fantástico festival
Vem gente de todo lado
É festa internacional
É gente de todo lado
A multidão vai à loucura
Nesta festa, ninguém fica parado
Para apreciar tremenda doçura
Grandiosa é sua repercussão
O evento mudou a história desde o princípio
Passou de geração a geração
Ganhou nome de Patrimônio Cultural do Município
A jabuticaba é a atração principal
Reúne amantes da fruta, turistas e produtores
Todos vêm para este festival
Para desvendar seus sabores
Produtores associados criam receitas
Juntos desenvolvem parceria
Fazem guloseimas perfeitas
Pratos da mais alta gastronomia
Ruas, praças, avenidas
Cheia fica a cidade
É um vai e vem, muitas idas e vindas
De pessoas carregadas de felicidade
Frutinhas tão pequenas
Escuras, de casca lisa
Comemos umas centenas
Quando estão amadurecidas
Os produtos da jabuticaba
Movimentam a economia local
É a marca registrada
Do nosso querido festival
Traga amigos e familiares
Para essa fruta apreciar
Junte-se aos muitos milhares
Tenho certeza de que vão gostar
Aproveite a oportunidade
Venha conhecer nosso festival
Para nós, será grande a felicidade
Se trouxer junto seu alto astral
Assim como a jabuticaba, outro alimento que não falta na mesa do sabarense é o ora-pro-nóbis, uma planta que pode ser utilizada em várias receitas, como um delicioso prato com frango ensopado. Os alunos de 6º ano da Escola Municipal Rosalina Alves Nogueira estudaram sobre ela com a professora Rosinei Evangelista Cunha Silva.
A planta é um arbusto muito utilizado para cercas vivas, e contém espinhos. Mas, apesar disso, tem lindas flores brancas ou rosa, que pouca gente sabe, mas são comestíveis assim como suas folhas.
Em Sabará, até sorvete de ora-pro-nóbis tem! E ela é ótima para a saúde, pois contém muitas fibras e proteínas.
Esse arbusto é tão querido em Sabará que ganhou até um festival próprio. Atraindo turistas brasileiros e estrangeiros, o evento costuma acontecer em maio no bairro Pompéu. Quem participar do famoso Festival do Ora-pro-nóbis poderá experimentar diferentes receitas que levam a planta. Também tem uma programação musical e cultural acompanhando os quitutes.
Uma planta para comer rezando
Um nome de oração.
Nas terras do pequeno Pompéu
Nossa folha verde é tradição.
Com várias formas de preparo
Para todos os gostos se criar
É só se inspirar nos temperos,
Para cada prato saborear.
Com nosso ouro verde
Pessoas trabalham com dedicação
No grande festival gastronômico
Temos receitas de pura inspiração.
Com galinha ou costelinha
Com pato ou com marreco
Sejam todos bem-vindos
Esses pratos são um sucesso!
– Ora-pro-nóbis é meu nome
É um prazer me apresentar,
Sou verdinha e sou gostosa
Com meu sabor vou a todos
encantar.
Lívia Maria Oliveira Barbosa, 6º ano amarelo
M. Rosalina Alves Nogueira
E em Sabará não dá para falar de ora-pro-nóbis e não falar de uma senhora conhecida como Dona Maria do Pompéu. Os alunos do 6º ano amarelo descobriram que ela, no passado, produzia fubá em moinho d’água. Então, certa vez, ela ganhou de um argentino muitos marrecos para cuidar. Eram tantos, que não tinha como cuidar de todos! Então ela criou um prato que levava marreco e ora-pro-nóbis, que se tornou um grande sucesso. Hoje com 91 anos, é conhecida por seu restaurante que prepara ora-pro-nóbis como nenhum outro lugar!
Dona Maria Torres
Ou Dona Maria do Pompéu
Nasceu em uma fazenda
A 12 de setembro de 1930.
Mulher de noventa e um anos
Aqui chegou em 1995
Respeitada e querida por todos
Inspira coragem e força
Aos que a conhecem.
De dons culinários famosos
Organiza e comanda seu restaurante
Prepara pratos deliciosos
O carro-chefe é o ora-pro-nóbis
Melhor receita transformou um prato em festival
Passam pelo Pompéu milhares de pessoas
E levam desta terra uma lembrança
Um sabor sem igual.
Malu Emanuele Silva, 6º amarelo
M. Rosalina Alves Nogueira